sexta-feira, 17 de abril de 2009

Sementes de Circe

Respeitável público!

Circe, o agricultor palhaço, semeou! Suas sementes deram as más frutas de melhor qualidade do mundo. Coma e morra! Coma e se mate! Se mate e coma, por favor.
Caos não se rega, é a regra. Não a ignore. Não a regra, mas a semente.

Circe não colhe seus frutos. Ele deixa Newton fazer seu trabalho. Que apodreçam no chão. Pobres viajantes desavisados... Estes sim, colhem e comem – colhem do chão.
Há frutas de comer, diz Circe, e frutas de não-comer, Circe diz. Mas o não-comer não as tornam mais aerodinâmicas. Não, mesmo. As caras não as recebem bem e suas sementes se vão em muitas águas... com sabão.

Fruta que é fruta apodrece no chão. Somente sementes, diz Circe, não.

Há uma canção pra cada vez que te vejo

Sim, eu sei que só te vi uma vez
E já confundi assovio, mordida e beijo
O grito, num cínico silêncio se desfez
Há uma canção pra cada vez que te vejo

Que não é de saudade, pois eu nunca a tive
Nem é de paixão, pois se sobrevive
Que não é sobre dor, pois eu nada sinto
Nem de superação, pois não me limito

Não é de desabafo, não há nada errado
Não é de perdão, pois não há pecado
Não é sobre orgulho, pois não a mereço
E muito menos de amor, pois nem a conheço.